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domingo, 16 de março de 2008

Foi dada a largada

Com uma vitória de Lewis Hamilton no GP da Austrália na última madrugada, começou a temporada 2008 da F1. Num ritmo bem abaixo dos velozes carros da McLaren, a temporada 2008 de funcionamento das Câmaras Municipais do país parece estar ainda no warm up.

Quem olha os números de projetos aprovados na Câmara de Vereadores de Niterói na última semana pode pensar até que a equipe vem trabalhando na velocidade máxima. Afinal, oito projetos passaram pela aprovação do legislativo do município.

Um olhar mais atento, entretanto, permite-nos ver que os números expressivos não merecem o pódio. Dos oito projetos votados nos últimos sete dias e do total de nove no ano todo até agora, nada menos que sete deles são referentes a denominações de ruas. Champanhe para comemorar!

Some-se a isso o esvaziamento do secretariado do governo do prefeito Godofredo (PT), a nove meses do fim de seu mandato, e obtêm-se o retrato do ano eleitoral. Pelo menos 19 secretários largarão os atuais cargos para se dedicarem a suas candidaturas a vereadores e até mesmo à prefeitura. É o mais famoso GP do ano: a corrida eleitoral.

Há até quem esteja de mudança de categoria. Secretária de Desenvolvimento de Niterói, Jandira Feghali (PCdo B) é pré-candidata a prefeita do Rio. Já nas prévias do PT na cidade do disco voador, a pole position é de André Diniz, candidato do atual prefeito. Mas Rodrigo Neves e Waldeck Carneiro correm por fora.

Em ano eleitoral, o marasmo é dominante. E não se limita às administrações municipais. É deputado que quer ser prefeito; governador interessado nas prévias partidárias; PSDB e DEM que atacam o caráter eleitoreiro do PAC e Bolsa Família; é Lula, Alckmin, Sérgio Cabral e cia que sobem no palanque... Enfim, o carro não anda.

E daqui a dois anos tem mais. O Brasil só engata ano sim ano não. É por causa da eleição. Já é tempo de se rever o calendário eleitoral brasileiro. Quem já vota em presidente, deputado estadual, deputado federal, senador e governador num ano, pode fazer uma forcinha a mais para votar também em prefeito e vereador. Ou então o carro engata em ano eleitoral. O que não dá é ficar nesse ritmo de Safity-car.

2 comentários:

Vinícius Lisbôa disse...

A virada do texto ficou ótima, no primeiro parágrafo eu realmente pensei que você ia falar de fórmula 1. Felizmente, não rsrs
Realmente é um absurdo que a po´lítica no Brasil só funcione ano sim, ano não. Qualquer medida em ano eleitoral parece tem fim populista... um absurdo. Parabéns cara, retribuo o elogio: excelente eixo narrativo rs
abs

Lucas Calil disse...

Eu gosto de fórmula 1